A RESPONSABILIDADE SOCIAL NA COSTA RICA

Autor: MARIANGEL SÁNCHEZ ALVARADO

Categoria(s): 2018

Palavra(s)-chave: Estado, Neoliberalismo, Responsabilidade Social, Pluralismo de bem-estar

O presente trabalho apresenta os elementos históricos e contextuais que possibilitam compreender a Responsabilidade Social na Costa Rica a partir de uma análise crítica. A abordagem se pautou no método histórico dialético, que parte da totalidade para entender o objeto além de seu sentido endógeno. No caminho para a realização da pesquisa, se elaborou revisão bibliográfica e documental, assim como também entrevistas com roteiro semiestruturado para empresas e profissionais na Costa Rica. Inicialmente se partiu da contrarreforma do Estado nos anos oitenta a partir das necessidades do modo de produção capitalista para sua reprodução e como isto foi se implantando nos governos de América Latina. Posteriormente, se fez uma caracterização das iniciativas de Responsabilidade Social no mundo e na América Latina com o intuito de compreender sua estruturação e configuração articulado às condições históricas que deram origem a esta. Neste sentido, buscou-se ressaltar as particularidades de cada país no que se refere à influência dos Organismos Internacionais, que buscaram padronizar as ações de Responsabilidade Social. Nesta mesma linha, se analisou especificamente o caso da Costa Rica, partindo das suas características econômicas, políticas e sociais, dando destaque a conjuntura que possibilitou o surgimento e desenvolvimento da Responsabilidade Social nas suas diferentes fases. A Responsabilidade Social é entendida, como um dos fatores que potencializa a hegemonia burguesa e que é uma estratégia de rearticulação das ações empresariais e de um novo consenso burguês, de corte político-ideológico e fundamentalmente econômico, é, sem dúvida alguma, uma estratégia que potencializa a valorização do capital, por isto, não pode ser concebida como uma forma de melhorar a eficiência do Estado por meio de responsabilidades compartilhadas, como preconizam os autores que defendem o pluralismo de bem-estar no qual o poder se encontra distribuído entre uma pluralidade de interesses e o governo se constitui no intermediário, no árbitro imparcial. Entende-se que a Responsabilidade Social vai além desse discurso utilizado pela maioria das empresas e Organizações Internacionais. Conforme o analise realizada e os resultados obtidos, pode se constatar que na Costa Rica apesar da existência de uma Política Nacional de Responsabilidade Social que envolve as empresas privadas, o Estado e as organizações da sociedade civil, ainda tem debilidades no que se refere a sua articulação o que tem dificultado a sua materialização.

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