Esta dissertação tem como finalidade Identificar de que forma os assistentes sociais
vêm articulando à Dimensão Técnico-operativa com as Dimensões Ético-política e
Teórico-metodológica no seu cotidiano profissional. Para lançarmos luz ao objeto
desta pesquisa tomamos como base a perspectiva crítica dialética marxista e
elegemos como sujeitos a serem pesquisados os assistentes sociais atuantes nos
CRAS de Cuiabá, formados a partir do ano de 2000, em universidades
necessariamente presenciais e com no mínimo um ano de experiência profissional.
Identificamos por meio de análise dos depoimentos destas profissionais que ainda
hoje, após a revisão curricular do curso do Serviço Social e das Novas Diretrizes
assumidas a partir dos anos 1996, há uma fragilidade no processo formativo e nas
formas de apreensão por parte dos graduados de questões teóricas-práticas
essenciais a uma atuação profissional competente. Percebemos que o olhar e fazer
conservador do assistente social ainda não foi superado, e mais além, tem ganhado
espaço em seus campos de atuação. Esta pesquisa aponta que dentre os fatores que
se apresentam como dificuldade para superação da falácia de que teoria e prática são
dissociadas, está o próprio processo formativo que ainda não conseguiu romper com o
ranço conservador de uma educação bancária, e por outro lado, o próprio perfil do
estudante que chega à faculdade com valores, conceitos ético/morais e culturais
previamente estabelecidos. Ressaltamos entre os fatores que dificultam o processo de
formação e que influenciam profissionais a assumirem uma postura profissional
acrítica ou pouco reflexiva, que geram um hiato entre teoria e prática: as condições de
vida, as relações sociais estabelecidas, a forma de apreensão da realidade social, os
fatores econômicos, as correlações de força que acontecem na sociedade em geral e
dentro dos espaços de trabalho dos assistentes sociais, assim como as próprias
condições de trabalho destes profissionais.,
Palvra-chave: Formação Profissional
O LUGAR DO PROJETO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DIANTE DA MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO NA REGIÃO ABEPSS CENTRO-OESTE
Tendo como ponto de partida o estudo da mercantilização da educação superior no Brasil e as implicações desta no projeto de formação profissional, esta dissertação propõe como objetivo geral analisar a dinâmica de mercantilização dos cursos de graduação em Serviço Social, na região ABEPSS Centro-Oeste, a partir dos dados disponibilizados pelo Cadastro e-MEC, considerando a data de criação de novos cursos, o tipo de IES (pública ou privada) e a modalidade de ensino (presencial ou EaD). Para possibilitar o alcance desse objetivo, as questões foram aprofundadas a partir dos seguintes objetivos específicos: a) analisar a expansão da mercantilização dos cursos de graduação em Serviço Social na região ABEPSS Centro-Oeste, considerando a modalidade de ensino presencial e EaD; b) identificar se a criação dos cursos de graduação em Serviço Social na região ABEPSS Centro-Oeste acompanha o mesmo ritmo acelerado de aprofundamento da mercantilização do ensino superior registrado no plano nacional. Desenvolvido a partir da perspectiva da teoria social marxista, o percurso metodológico proposto para este trabalho conjuga elementos das abordagens quantitativa e qualitativa, com ênfase na segunda. Este estudo tem um caráter exploratório articulado com apropriação de elementos das pesquisas bibliográficas e documental. Como resultado, os dados revelam que a mercantilização da formação profissional em Serviço Social na Regional Centro-Oeste da ABEPSS é uma realidade potencializada pela expansão acelerada do ensino superior privado, de modo particular, do ensino a distância, o conhecido EaD, acompanhando o mesmo ritmo acelerado registrado no plano nacional. Trata-se de uma lógica que vai desempenhar papel estratégico na massificação das contradições sociais e educacionais vivenciadas no atual contexto, colocando em perspectiva a necessidade de nova organização social e escolar, para além do capital, isso nos termos de Mészáros 2008, já que este não pode desempenhar as promessas anunciadas.
SERVIÇO SOCIAL E QUESTÃO AMBIENTAL: desafio para a formação profissional na contemporaneidade
A dissertação que ora se apresenta fez-se como exigência de titulação do mestrado em Política Social da Universidade Federal de Mato Grosso, vinculado ao departamento de Serviço Social e resulta de um projeto de pesquisa que abordou a temática da questão ambiental relacionando-a as novas demandas postas ao trabalho dos assistentes sociais, requerendo, portanto sua inserção no projeto de formação profissional. O interesse em estudar a questão ambiental partiu do entendimento de que os problemas ambientais vêm se intensificando e atingindo de forma desigual os diferentes setores da sociedade, sendo sentidos com mais intensidade pelos segmentos mais pobres e que, por isso, se tornam mais vulneráveis às especulações realizadas pelo capital, como também às consequências da degradação ambiental, que, muitas vezes, ocasiona a perda dos meios pelos quais realizam sua reprodução social. Isso por si só já justifica a importância que deve ser atribuída à essa temática pelo Serviço Social tendo em vista a centralidade da questão social no projeto de formação em vigor e na intervenção profissional como parte do trabalho especializado que através de sua prática profissional, estabelece relação com as mais variadas formas de expressões da questão social, associadas ao modo como os usuários as vivenciam em seus trabalhos, família, comunidade, moradia, saúde, assistência social pública. O estudo foi baseado numa metodologia qualitativa informada pela perspectiva critico dialética através de revisão teórica e pesquisa documental. O resultado demonstrou um rico debate sobre o tema na literatura das Ciências Sociais. No Serviço Social identificou-se, a partir de uma releitura histórica dos projetos de formação na literatura da profissão, que somente as diretrizes curriculares da ABEPSS (1996) deram abertura para que o tema da questão ambiental fosse inserido na grade curricular dos cursos de Serviço Social. A importância atribuída à questão ambiental pelo Serviço Social tem produzido as primeiras pesquisas o que permite concluir seu conteúdo ainda recente e incipiente na profissão.
APROPRIAÇÃO DA DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DOS ASSISTENTES SOCIAIS: CONDIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
Esta dissertação tem como finalidade Identificar de que forma os assistentes sociais vêm articulando à Dimensão Técnico-operativa com as Dimensões Ético-política e Teórico-metodológica no seu cotidiano profissional. Para lançarmos luz ao objeto desta pesquisa tomamos como base a perspectiva crítica dialética marxista e elegemos como sujeitos a serem pesquisados os assistentes sociais atuantes nos CRAS de Cuiabá, formados a partir do ano de 2000, em universidades necessariamente presenciais e com no mínimo um ano de experiência profissional. Identificamos por meio de análise dos depoimentos destas profissionais que ainda hoje, após a revisão curricular do curso do Serviço Social e das Novas Diretrizes assumidas a partir dos anos 1996, há uma fragilidade no processo formativo e nas formas de apreensão por parte dos graduados de questões teóricas-práticas essenciais a uma atuação profissional competente. Percebemos que o olhar e fazer conservador do assistente social ainda não foi superado, e mais além, tem ganhado espaço em seus campos de atuação. Esta pesquisa aponta que dentre os fatores que se apresentam como dificuldade para superação da falácia de que teoria e prática são dissociadas, está o próprio processo formativo que ainda não conseguiu romper com o ranço conservador de uma educação bancária, e por outro lado, o próprio perfil do estudante que chega à faculdade com valores, conceitos ético/morais e culturais previamente estabelecidos. Ressaltamos entre os fatores que dificultam o processo de formação e que influenciam profissionais a assumirem uma postura profissional acrítica ou pouco reflexiva, que geram um hiato entre teoria e prática: as condições de vida, as relações sociais estabelecidas, a forma de apreensão da realidade social, os fatores econômicos, as correlações de força que acontecem na sociedade em geral e dentro dos espaços de trabalho dos assistentes sociais, assim como as próprias condições de trabalho destes profissionais.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NO MATO GROSSO: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A CONSOLIDAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES DA ABEPSS
Esta dissertação tem como finalidade analisar de que forma o Núcleo de Fundamentação do Trabalho profissional – NFTP tem sido trabalhado pelas Unidades de Formação Acadêmica – UFAS presenciais de Mato Grosso, tendo em vista as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS. Para tal, considerou-se a trajetória histórica do Serviço Social no Brasil de modo a compreender a construção do atual projeto ético-político de profissão e de formação hegemônicos desde os anos de 1980; a contrarreforma do Estado, das políticas sociais e, mais especificamente, da política de educação superior implementada no país pelos governos de orientação neoliberal, a partir de 1990. Quanto à metodologia, o estudo de caráter qualitativo teve como fontes primárias os depoimentos obtidos através de entrevista com oito docentes de quatro Unidades de Formação Acadêmica presenciais de Mato Grosso, e como secundárias, os documentos dos Projetos Pedagógicos – PP dos cursos e a bibliografia consultada. Foi possível perceber que, apesar dos avanços conquistados desde a aprovação do referido documento, em 1996, e do esforço das assistentes sociais envolvidas nos processos de formação, muitas ainda são as dificuldades encontradas para materializar, no cotidiano institucional, as propostas contidas nos PP, que dizem respeito tanto às questões internas de cada UFA: incompreensão da lógica curricular impressa pelas DC de 1996, falta de articulação entre os conteúdos e também entre os docentes e falta de clareza do método crítico-dialético; quanto às questões externas é possível identificar como principais as condições de trabalho cada vez mais flexibilizadas e precarizadas que refletem também a precarização da educação básica e superior. E as mudanças no perfil dos discentes, e dos docentes.