AS CONSEQUÊNCIAS PARA OS TRABALHADORES, DO NOVO MODELO DE GESTÃO NA SAÚDE PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER

Autor: MARIA APARECIDA MENDES SENA

Categoria(s): 2017

Palavra(s)-chave: Política de Saúde, Modelos de Gestão no SUS, Trabalho, Flexibilização, Terceirização, Contrarreforma do Estado

Esta dissertação destaca as mudanças ocorridas no mundo do trabalho dentro do
Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), da Universidade Federal de Mato
Grosso, a partir da adesão e implantação da gestão da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSERH). Este estudo busca apreender as mudanças
estruturais na gestão do Hospital Universitário Júlio Müller e as consequências
dessas para os trabalhadores, visto as especificidades institucionais, políticas e
sociais da saúde pública, principalmente de um hospital universitário que tem como
função precípua a formação de vários profissionais através do ensino, da pesquisa
e extensão, mas que poderão vir a ter sua primazia na produção do conhecimento
subordinada à gerência de mercado. Para desenvolver esta pesquisa utilizamos
uma abordagem quanti-qualitativa de tipo descritiva, tendo como foco de análise a
gestão e a organização das condições e relações de trabalho, a partir da percepção
dos trabalhadores, de nível superior, da área assistencial, escolhidos por meio de
uma amostragem intencional. O estudo revela que o avanço da ofensiva neoliberal
tem provocado o continuo desmanche das políticas sociais, através da terceirização
e privatização dos serviços públicos, que na saúde se refletem através dos novos
modelos de gestão, nos quais estão incluídos a EBSERH. E finalmente, podemos
afirmar que o discurso gerencial de modernização da gestao tem comprometido a
qualidade e continuidade dos serviços públicos e intensificado a precarização das
condições e relações de trabalho dos celetistas e estatutários.

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A AGRICULTURA FAMILIAR E O CÓDIGO FLORESTAL: Desafios para uma política socioambiental na contemporaneidade

Autor: MARCEL ALEXANDRE LOPES

Categoria(s): 2013

Palavra(s)-chave: Flexibilização, Agricultura familiar, Código Florestal, Meio Ambiente, Capitalismo

A estrutura fundiária existente no Brasil é resultado de nosso processo de formação histórico, em que a propriedade da terra foi e é sinônimo de status social. A relevância que esse direito individual assume no sistema jurídico destoa aos demais e cadencia as relações com a natureza, vista, até pouco tempo, apenas como uma fonte de recursos possíveis de apropriação pelo senhor da terra. Com o aumento da consciência ambiental mundial o Brasil também editou normas de proteção de seus recursos naturais, sendo o maior expoente a própria Constituição Federal de 1988, que elevou o meio ambiente equilibrado a uma posição de destaque, desvinculado da propriedade privada por ser considerado patrimônio de todos, inclusive das futuras gerações (bem de natureza difusa). Isso, entretanto, não aplacou as raízes histórias de nossa formação enquanto sociedade, que tem a terra e a natureza como objetos submissos ao homem, ensejando uma forte disputa entre ambientalistas e ruralistas. Recentemente, com a edição da Lei Federal nº 12.651 de 2012, a agricultura familiar foi trazida para esse debate, servindo como justificativa, por parte dos ruralistas, para adoção de critérios mais flexíveis ao setor do agronegócio. O discurso empregado foi de favorecimento à agricultura familiar, segmento de reconhecida importância na produção de alimentos e geração de empregos, mas que sempre enfrenta dificuldades em razão do baixo preço dos produtos, do crédito rural insuficiente, da concentração fundiária e subordinação da renda da terra ao capital. A pesquisa, no entanto revela que as vantagens não se destinam apenas aos agricultores familiares, mas favorecem principalmente os representantes do agronegócio, o que torna aquilo que seria uma vantagem para agricultura familiar em um risco ao segmento e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

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AS CONSEQUÊNCIAS PARA OS TRABALHADORES, DO NOVO MODELO DE GESTÃO NA SAÚDE PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER

Autor: MARIA APARECIDA MENDES SENA

Categoria(s): 2017

Palavra(s)-chave: Trabalho, Flexibilização, Terceirização, Contrarreforma do Estado, Política de Saúde, Modelos de Gestão no SUS

Esta dissertação destaca as mudanças ocorridas no mundo do trabalho dentro do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), da Universidade Federal de Mato Grosso, a partir da adesão e implantação da gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Este estudo busca apreender as mudanças estruturais na gestão do Hospital Universitário Júlio Müller e as consequências dessas para os trabalhadores, visto as especificidades institucionais, políticas e sociais da saúde pública, principalmente de um hospital universitário que tem como função precípua a formação de vários profissionais através do ensino, da pesquisa e extensão, mas que poderão vir a ter sua primazia na produção do conhecimento subordinada à gerência de mercado. Para desenvolver esta pesquisa utilizamos uma abordagem quanti-qualitativa de tipo descritiva, tendo como foco de análise a gestão e a organização das condições e relações de trabalho, a partir da percepção dos trabalhadores, de nível superior, da área assistencial, escolhidos por meio de uma amostragem intencional. O estudo revela que o avanço da ofensiva neoliberal tem provocado o continuo desmanche das políticas sociais, através da terceirização e privatização dos serviços públicos, que na saúde se refletem através dos novos modelos de gestão, nos quais estão incluídos a EBSERH. E finalmente, podemos afirmar que o discurso gerencial de modernização da gestao tem comprometido a qualidade e continuidade dos serviços públicos e intensificado a precarização das condições e relações de trabalho dos celetistas e estatutários.

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