Esta pesquisa apresentou um apanhado histórico desde a origem da proteção social até a conformação do que conhecemos atualmente como Seguridade Social e Previdência Social. O estudo buscou analisar as bases que financiam o Regime Geral de Previdência Social – RGPS e o Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, construindo por meio de dados nominais e percentuais os resultados das receitas e despesas da Previdência Social brasileira e sua correlação de força com o poder político e econômico, em especial com a reiterada evasão de recursos por meio da DRU e da renúncia tributária. Para tanto se utilizou de uma análise metodológica fundamentada no método do materialismo histórico, balizando-se no viés que compreende a sociedade como corolário de fatores materiais. A abordagem qualitativa buscou interpretar a dinâmica existente entre o objeto de estudo e o contexto social. Nesta abordagem buscamos, basicamente, relacionar o grande interesse do capital financeiro nacional e internacional em solapar os recursos do Fundo Público da Seguridade Social, os quais garantem a materialização dos direitos sociais dos trabalhadores, tais como: aposentaria, salários dignos e pensões por morte, que são benefícios que, na grande maioria, apenas mitigam o sofrimento de grande parte da população. A pesquisa comparou os oficiais do orçamento da Seguridade Social com os dados analisados pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (ANFIP), análise esta que pode iluminar a compreensão quanto ao falso alarde do déficit da Previdência e Seguridade Social, ficando comprovado que esse suposto orçamento deficitário não passa de estratégia do governo para extrair recursos e transferi-los para o capital financeiro na forma de juros e amortização da dívida pública.