A presente pesquisa tratou da forma como as (os) trabalhadoras (es) compreendem as
ações de enfrentamento em relação à violência doméstica contra a mulher, desenvolvidas
em empresas privadas e estatais. Tivemos o seguinte problema de pesquisa: como os (as)
funcionários (as) de empresas estatais e agroindústrias de alimentos das cidades de
Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, localizadas no estado de Mato Grosso, percebem a
ação da responsabilidade social corporativa implementada sobre a questão da violência
doméstica contra a mulher. A metodologia contempla pesquisa do tipo explicativa com
abordagem qualitativa, utilizando fontes primárias e secundárias. Foi possível considerar
que violência doméstica contra a mulher diz respeito a uma conduta do agressor que
viola direitos humanos das mulheres e que, portanto, requer normas mais rígidas e
punição efetiva do HAV. Quanto à responsabilidade social corporativa, sua
configuração aconteceria se as empresas desenvolvessem ações sociais de forma
permanente, voluntária e voltadas para a segurança da mulher trabalhadora, indo além da
mera obediência às legislações trabalhistas existentes. A partir disso concluímos que,
apesar de haverem iniciativas para a conscientização acerca da violência doméstica
contra a mulher, faltam conhecimentos sobre as atitudes a serem tomadas pela empresa,
as responsabilidades dessa quanto à forma de contribuir dentro do ambiente de trabalho
com medidas que proporcionem uma absorção mais aprofundada desse assunto pelos
colaboradores (as) e na forma como a mulher trabalhadora vítima de violência deve ser
recepcionada e encaminhada aos serviços públicos de atendimento. Por outro lado, não
encontramos nas respostas dos (as) funcionários (as) dados acerca da necessidade de se
melhorar as condições de trabalho para as mulheres, como por exemplo, salário, carga
horária e licença-maternidade, que também refletem na autonomia delas dentro de seus
lares para se for preciso romper com relacionamentos violentos.
Dissertações