Este estudo toma como quadro analítico as mudanças ocorridas no campo da
educação superior brasileira, a partir dos anos 2000, naquilo que se convencionou
chamar de políticas expansionistas. Desta feita, todo o esforço de pesquisa aqui
empreendido, amparado numa perspectiva crítica, tomou como objeto de estudo a
inserção da Universidade Federal de Mato Grosso no âmbito das políticas
expansionistas, em seu ciclo mais recente, com o objetivo de apresentar e analisar
as alterações em sua dinâmica a partir desta inserção, com destaque às dimensões
do ingresso (ingresso vagas, ingresso, formato seletivo) e permanência
(permanência matrícula, taxa de diplomação, programas de fixação do estudante). A
aproximação com a temática exigiu, de partida, uma imersão na bibliografia
especializada de modo a conferir maior densidade às análises, permitindo, ainda,
um melhor delineamento do objeto de estudo. Outro procedimento metodológico que
cercou a realização desta pesquisa de caráter qualitativo, apoiada em dados
quantitativos envolveu, além do levantamento bibliográfico, a utilização de fontes
documentais. A realização deste estudo buscou dar conta do seguinte
questionamento: as medidas expansionistas mais recentes, adotadas pela UFMT,
têm provocado a tão propalada perda significativa de seu corpo discente? Merece
cautela a análise dos resultados obtidos dada a complexidade que envolve os
processos de ingresso e permanência de estudantes numa instituição de ensino
superior aos quais não pode ser atribuído um único fator que altere sua dinâmica.
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