A Educação Permanente em Saúde é o tema da presente dissertação, que tem como objetivo principal analisar o desenvolvimento da política de Educação Permanente em Saúde no Estado de Mato Grosso, no período de 2003 a 2013, buscando compreender, na perspectiva da totalidade e da historicidade, a Educação Permanente. Realizamos um estudo de natureza qualitativa no qual o instrumento metodológico foi a entrevista semiestruturada, adicionada ao estudo documental que foi realizado junto à Escola de Saúde Pública e à Comissão de Integração Ensino-Serviço (CIES) estadual. Buscou-se entender o movimento da educação e da saúde e a articulação dessas duas políticas públicas no processo de formação dos trabalhadores da saúde. A análise das informações geradas mostrou a descontinuidade no processo do desenvolvimento da política de formação para os trabalhadores da saúde e, principalmente, a priorização de interesses institucionais em detrimento dos processos de construção coletiva de práticas transformadoras. Mostrou-se também como a Educação Permanente em Saúde foi desenvolvida em Mato Grosso, desde a criação do Polo de Formação das equipes do Programa Saúde da Família, passando pelo Polo de Educação Permanente em Saúde, pela criação das CIES regionais, após a portaria GM/MS no 1996/2007, e chegando aos dias atuais, quando a saúde pública sofreu um retrocesso em função da opção do atual governo pela sua privatização. A principal contribuição desse estudo foi o de permitir entender que, desde a sua criação até hoje, a política de formação na saúde tem passado por avanços e retrocessos no Estado, atendendo a correlação de forças que permeia as ações governamentais e fazendo com que ela oscile e se efetive de acordo a vontade política de quem assume a gestão junto à Secretária Estadual de Saúde.
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