PQSTAE: TÉCNICA ADMINISTRATIVA ESTUDA O ADOECIMENTO DOCENTE NA UFMT

As condições de trabalho são adequadas na UFMT? Existe sobrecarga de trabalho? Quais os principais agravos a saúde física e mental dos docentes? Essas algumas das perguntas que a coordenadora de Formação Sindical do Sintuf-MT, Gisele Marques, irá responder em sua tese de mestrado. Ela foi aprovada no Programa de Qualificação dos Servidores Técnico-administrativo em Educação da UFMT (PQSTAE), uma conquista do sindicato que deve sempre ser valorizada pelos trabalhadores.

“A oferta de vagas de mestrado e doutorado para os trabalhadores técnico-administrativos foi uma vitória para nossa categoria. É fundamental que todos busquemos essa qualificação, estejamos realmente preparados para desempenhar nossas atividades. O Sintuf defende a ampliação do PQSTAE, e precisamos que a carreira continue cobrando essas vagas, e, mais que isso, apresentando boas teses e estudos para o engrandecimento da UFMT”, destacou Gisele.

Em sua pesquisa, ela detalha o aprofundamento da contrarreforma do Estado e de seus rebatimentos na educação superior e, por extensão, no trabalho docente, período entre 2011 e 2022. O trabalho analisa relação entre o adoecimento e as atuais condições do trabalho docente, assim como sua conexão com o atual contexto político do país.

“Existem perguntas que merecem um olhas da academia, uma pesquisa cientifica para compreender os impactos da reforma empresarial da educação e a educação superior brasileira, em especial a pública federal. Vivemos um tempo de predomínio privado-mercantil na formação superior, com grande desmoralização da carreira docente com discursos de escola sem partido, entre outras afrontas”.

O trabalho ainda questiona o cenário de cortes orçamentários da UFMT; ataques à sua autonomia; e a suspensão das ações e investimentos.

A banca do trabalho é composta pelos professores Roberto Leher (UFRJ), Marluce Souza, e, como orientadora, Ruteléia Candida de Souza Silva.